Eu sou uma bomba
relógio com o cronômetro perto do fim. Sou uma bomba relógio que começa no dez
e cai rápido demais. Deve haver algum fio solto.
Sou um caderno
despejando confusão deitado no divã de um psicólogo qualquer. Vez ou outra
tropeço em sentimento novo.
Minha dança suicida
se tornou flerte prejudicial. Como sair desse tango quando me parece ser o mais
conveniente? É um compasso muito fácil de aprender, basta seguir o que a lâmina
propor.
Sem alarde, sem
desespero. Sangue vermelho quente é o que mais gosto de usar. Pingando pelos
cômodos da casa, direi adeus quando o último acorde tocar.
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