sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Tantos caminhos possíveis depois que o sol já se foi

São muitas ideias pra um banco só, muita fumaça inundando a cabeça, buscando lugar pra escorrer. Vai vazar pelos ouvidos e carnavalizar por aí. Se quiser conhecer os demônios que me atormentam, deixe janelas e portas abertas.
O sopro do vento bagunça o cabelo e afasta o afago fraquejado da palma das mãos. Esperei por tempo demais, meu bem, a brisa veio e te levou pra outros galhos. Te fiz leve, te fiz verde, porém longe de mim vais amarelar. Irá cair um tanto além da sombra que cobre o campo.
Menina das páginas embranquecidas, sofro de um enorme bloqueio nas cordas vocais quando longe de ti. O canto dos pássaros que brilha com a manhã não satisfaz, me acostumei com o grave oriundo de teu ego, com as ondas sonoras vindas de teu abismo pessoal.
Menina dos pequenos traços preenchidos de marrom claro, quase cor da pele, isso aqui não é um texto sobre amor. Menina, esse texto é sobre algo que perdemos em meio aos fios enrolados de celulares desligados. Você, eu, e a caixa postal.

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