quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sentada, esperando o amanhecer

                                        - Minha vida tá igual o teu livro.
                                                      - Velho e surrado?
                                        - Também. E de cabeça pra baixo.

Me bateu a depressão da meia-noite e são apenas onze horas. Enquanto você vive no teu castelo frio e distante, lembranças tuas vem me aquecer a noite.
Eu não queria que fosse assim, tuas juras se perderam em outra boca. Queria que isso fosse apenas outro sonho ruim e que tu viesse de manhã me acordar. Não consigo me acostumar a viver sem teu sorriso, vivo a forçar o meu pra aparentar o que não sinto.
Quero olhar pra frente e não te encontrar em mim, quero te rasgar da memória mas te guardei num lugar onde não dá pra apagar. Quero ser forte pra escrever alguém no teu lugar.
Vou parar de te lembrar e de não deixar tu me esquecer, o tempo vai me ajudar a te anular. Preciso reerguer minhas paredes, preciso me encontrar pra tentar te perder. Espero um dia lembrar de ti sem lágrimas nos olhos, espero lembrar você e sorrir. Você me destruiu, menina. 
Você desfez nosso futuro, hoje sou só eu na madrugada.

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