terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Deixa o amanhã e a gente sorri

Parei pra sentir o cheiro do asfalto e olhar o laranja do sol no céu. Com gosto de cigarro na boca pra tirar esse azedume do meu peito, olhei meu passado caminhando ao lado do teu presente. Agora entendo o que nunca fez sentido.
Já não é tão fácil te imaginar, tuas formas foram se perdendo e ganhando tons de cinza na memória. Teu olhar já não olha pra mim, teus ouvidos não me escutam, ainda que eu grite teu nome. 
Quero voltar onde a gente se esqueceu, talvez haja algum pedaço teu pra me colar. Guardei teu melhor sonho pra quando eu voltar, quando eu abrir tua porta e me jogar na tua cama, enrolar o teu lençol em nós. É só vontade de te provar um pouco mais, de te calar a covardia, te fazer cantar a melodia que deixamos de dançar.
Por agora, te observo pela janela do imaginar. 

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