sábado, 1 de junho de 2013

Depois

Sou um fantasma vagando pelos bares. Não causo medo, só espanto companhia. Provoco tédio e bocejo. Provoco tua ira, teu lado ruim. Te provoco e corro.
Meu coração de passarinho bate mais rápido que as asas do beija-flor. Pontiagudo, me furou o peito. Mostrou em mim espaço que tua presença deixou. Faço desenhos e rimas dentro do vazio teu, versos sobre o que a gente foi e o que devíamos ser. Versos de solitária pra você dar o nome.
Me olho no espelho, respiro, fecho os olhos e murmuro um pequeno faz de conta. Uma mentira contada várias vezes é capaz de persuadir. 

Um comentário:

  1. "Essa dor eu não quero pra ninguém no mundo, imagina só.. pra você."

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