quarta-feira, 20 de junho de 2012

E só bebia pra esquecer

Por que perder tempo contando as horas se o que importa não tem relógio?
Vejo amor brotando e danço ao som que o teu ritmo produz. Saí do meu corpo e me distanciei do ruído provocado pelo trançar das pernas. Sou metade de um inteiro dividido em dois. 
Trechos soltos de um livro em branco, versos inacabados esperando a tinta da cabeça secar. Não sei bem onde me perdi, ainda tento encontrar os pedaços de vidro que me cortaram a pele. As gotas de sangue que espalhei pelos quartos, quadros e o porta-retrato que eu te dei. 
A saudade é agridoce e tem aroma azedo, a minha estragou e nem chegou o final de semana. Grito pra perder a voz e calar o que ninguém escuta. 
Um copo na mesa pra deitar e uma garrafa vazia, o resto fica pra depois. Deixo pro amanhã a tarefa de me curar.

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